Não vá o contrato tecê-las...
às vezes venho aqui ao blog não fazer nada porque tenho medo que isto se apague. tenho preguiça de ler as condições do contrato do blog. ou melhor tenho preguiça de saber se existe um contrato. também tenho preguiça de copiar o que me interessa guardar. ando com preguiça de pensar se vale a pena guardar sendo a alma grande e pequena.
depois comove-me ver que ainda andam aqui uns quantos que são os mesmos e outros tantos se foram sem memória.
há muito muito tempo atrás li num blog já esquecido uma história de paixão que tinha começado à janela. a cidade era grande, a rua estreita, os prédios altos e as janelas eram bancos onde se podia sentar. o rapaz estava de visita e a rapariga gostava da janela. depois gostou do rapaz e ele dela. passado um tempo ele foi embora e assim acabou.
quando li esse pedaço de vida, há muitos muitos anos atrás, olhei pela minha janela. ao fundo de uma rua, de uns quintais e de uma ruela via-se um prédio com luz atrás de outra janela. olhei e vi um rapaz com uma chávena na mão. na vez seguinte que me lembrei de olhar já tinham construído outro prédio à frente e só se via betão.