Há uns dias atrás passou a notícia que o buraco da camada de ozono diminuiu. Eu sei que pode ter sido pouco, que pode ser um fenónemo cíclico, e que mais não sei o quê, mas um buraco que estava com tendência a aumentar diminuiu. Assim, cumpre agradecer:
Eu, Rita, agradeço:
- A todos os cientistas que trabalharam e trabalham no sentido de estudar a camada de ozono;
- A todos os activistas e políticos que alertaram e legislaram medidas efectivas para travar o aumento do buraco;
- A todos os técnicos e donos de fábricas que reformularam os seus meios de produção;
- A todos os instaladores de sistemas de ar-condicionado e vendedores de frigoríficos que alertaram os seus clientes para a necessidade de mudança dos seus equipamentos;
- A todos quantos deixaram de comprar e utilizar aerossóis no seu dia-a-dia;
Há alguns paradoxos na nossa sociedade que são preocupantes. Um deles é não se exigir aos adultos o que se exige às crianças. Se dizemos aos nossos filhos: "pior do que fazeres uma coisa errada é mentires sobre ela", então porque aceitamos ser uma coisa normal que os responsáveis técnicos ou políticos nos mintam constantemente?
Normalmente sou do Contra. Não é tanto uma questão ideológica, mas algo que me dá certo prazer, explorar os contras de cada questão, advogada do Diabo em muitos casos. Mas, mais do que ser do Contra, sou contra quem é do Contra!!
Todos os anos, por ocasião do Dia das Bruxas, há um magote de gente que se levanta contra a importação de uma cultura que não é a nossa, enquanto que eu só vejo a felicidade dos meus filhos a irem para a escola, a minha de jantar com os amigos e a da minha mãe a contar-me sobre o bando de crianças que lhe bateu à porta.
Mas embora o povo esteja feliz, há quem goste de dizer que não se pode porque é não é luso, assim como não o é o Pai-Natal da Coca-cola, o Dia dos Namorados do coração que não tem forma de coração, o Carnaval de pernas ao léu em Fevereiro, a Páscoa no Algarve, o S. João de martelo de plástico,... Nunca percebi é porque não se revoltam também com o facto de termos um sistema político grego, fazermos contas como os árabes, falarmos uma língua romana e adorarmos um rei judeu.